quarta-feira, 30 de março de 2011

Binyan Olam Entrevista #4

Ahá! Flagra da janela.
Nosso quarto entrevistado é fisioterapeuta, Paulista e São Paulino. Um dos expoentes do BO, ele leva a sério seus estudos aqui e não perde tempo em se dedicar e ajudar a quem precise. Dono de uma personalidade ímpar, faz amigos com a maior facilidade. É ou não é? Quem veio em uma Kesher Trip não esquece seus "causos", chavrutas e papos cheios de conteúdo e boas risadas. Ok, ok... deu pra perceber, eu também sou fã do cara... Vamos à entrevista. Com vocês, Vitor Wajner! 

Nome completo: Vitor Treiger Wajner
Idade: 25
Apelido: Ih... Mendigo.
Hãn?: Fazer o que, né? Apelido a gente não escolhe.
Comida preferida: Bife a parmigiana.
Agora a verdade: Arroz, feijão, peito de frango grelhado e uma boa salada. Ah, e qualquer boa sobremesa. He he...
Há quanto tempo em Israel? Três anos e dois meses.
Pretende ficar? Por enquanto não.
Por que? Porque sinto que posso ajudar muito a comunidade lá no Brasil se voltar.
Sente falta do Brasil? Família, amigos e o pessoal do Kesher.
Há quanto tempo está aqui no BO? Três anos e dois meses.
O que aprendeu de mais legal no Binyan Olam? Primeiro de tudo aprendi a ser eu mesmo sem deixar me levar pelo que a sociedade ou as pessoas impõem. Aprendi também a não ser escravo dos meus próprios instintos. Muitas vezes achamos que ser livre é fazer o que queremos, mas na verdade isso é ser escravo de si mesmo, de seus desejos. Livre é a pessoa que consegue se controlar. Aprendi com isso a ser uma pessoa melhor e a buscar sempre melhorar. Sempre digo aos meus chavrutas (duplas de estudo): "O importante na vida é ter em mente sempre o crescimento". 
O que recomendaria pra quem está pensando em vir? Vem logo! E sem pensar, porque quanto mais planejar, mais difícil vai ser para tomar a decisão. Agora que você está lendo isso, provavelmente não vai entender do que estou falando, só quando chegar aqui.
Uma lição de vida: "Toda busca por prazeres é uma tentativa de diminuir a tristeza proveniente da escuridão material deste mundo" Rav Aron Kotler zt"l
Um exemplo de pessoa: Uma só? Bom, meu pai, minha mãe, meu irmão e minha avó. E, sem dúvida, o Rav Sender.

terça-feira, 29 de março de 2011

Ué? Purim já passou... E daí?

O Rabino e o Toureiro. Isso dava até um belo conto.
Purim já passou. Mas essas duas fantasia mereceram menção honrosa. E, justiça seja feita, vão ganhar destaque no Blog do BO. O Toureiro não podia ser outro: Asher Benzaquen, claro, da Espanha. Já nosso Rabino-Matusalém, Abdo Jasky, mereceu o destaque de desfarce mais... bom, ehr... melhor desfarçado. Que coisa esse menino!, fiquei um ano pra descobrir quem era...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Binyan Olam Entrevista #3

Ô minino! Desce daí!

Esta semana nossos repórteres resolveram reinventar e deram um tiro certo, ou melhor, um chute certo... Conseguimos, com exclusividade, entrevistar o "Homem que Chuta Tetos". Pra quem pensa que nosso personagem é um herói de ficção ou mesmo um cara irritadinho, está muito enganado. Estamos falando, nada mais, nada menos, do que André Benjamin, o AB, faixa-preta em Tae-Kwon-Do (e cria aqui da casa, he, he). Nosso medalha de ouro tem muito mais pra contar pra nós do que suas habilidades em artes-marciais e é isto que vamos conferir nesta entrevista. Mas, fica a pergunta... Será que ele ainda chuta tetos?


Nome completo: André Benjamin
Apelido: AB
Hãn? Hãn o que? Não é óbvio?
Comida preferida: Arroz, feijão, bife e batata-frita
Há quanto tempo em Israel? 9 anos 
Pretende ficar? B"H
Por que? Se se eu quisesse ser bom em Tae Kwon Do eu ia pra Korea. Mas como eu quero ser bom em Torah, eu escolhi Israel. Eu comparo uma pessoa que tenta crescer nesse sentido, no Brasil, com um peixe que nada contra a correnteza. É como jogar na casa do adversário. Aqui estamos jogando em casa e a favor da correnteza.
Sente falta do Brasil? Da família mais do que do Brasil 
Há quanto tempo está aqui no BO? Vim pela primeira vez em dez 1999. Mas, fixo, desde 2002
O que aprendeu de mais legal no Binyan Olam? A viver uma vida com objetivo e com sentido.
O que recomendaria pra quem está pensando em vir? Vir!
Uma lição de vida: Hashem conhece a cada um de nós e sabe exatamente para o que estamos prontos ou não. ELE somente cobra de cada um o que podemos dar, nada mais, nada menos.
Gostaria de ilustrar isso da seguinte forma: No Tae Kwon Do, quando alguém inicia, se impressiona com a agilidade dos faixas-preta, com a velocidade e poder dos golpes. No entanto, chegar naquele nível pode parecer impossível, o que muitas vezes leva o iniciante a desistir. Porém, o que ele deve fazer é se concentrar nos chutes da sua faixa, que são muito mais simples e vão ajudá-lo a desenvolver força, agilidade e coordenação motora, e assim por diante em todas as faixas que passar. Assim, quando estiver a apenas um nível antes da faixa preta, o topo vai parecer possível. Na vida de um judeu é assim também. H" só exige de nós o que podemos fazer hoje. Não desistam nunca!
Agora a pergunta que vale todo este post. E os tetos? Ainda chuta? Bom, ano passado tentei e consegui. Posso tentar de novo?

Prefiro nem comentar... sinistro...

domingo, 27 de março de 2011

Pessach está chegando #1

Moshé, à esquerda, embaixo, ordenando o trânsito na volta de um feriado prolongado no Egito

Mais um período de estudos vai chegando ao fim. Com isso, nos aproximamos de Pessach. Aqui em Israel já começou a correria por produtos Kasher le Pessach. O principal deles, logicamente, a matzá. É impressionate a quantidade (Graças a H"!!!) de produtos diferentes que encontramos aqui e da fartura que dispomos nos dias de hoje. Se fosse assim nos dias de Moshe, duvido que o povo fosse esperar tanto tempo no deserto pra chegar aqui. E por falar em matzá, falemos de alguns pontos interessantes sobre esse clássico da culinária judaica:

Qual é a razão pela qual nós comemos matzá? Está escrito na Torah que quando HaShem, revelou-se aos hebreus e os redimiu, não houve tempo suficiente para a massa dos nossos antepassados ​​fermentar. "A massa, que trouxeram do Egito, cozeram em pães ázimos, porque eles foram expulsos do Egito e eles não puderam demorar, e eles não tinham preparado as disposições". (Êxodo 12:39)

A idéia por trás da matzá é representar o que há de essencial em nossas vidas. Ou seja, por trás do pão, levedado e inflado, há sempre uma matzá, que é sua parte essencial. Mas passamos a maior parte do ano achando que o pão, aquele que precisa do fermento, do ar inflado dentro da massa, é que é essencial para nós.

A matzá então nos traz uma idéia muito clara de liberdade, por nos ensinar a abandonar o que não é importante para nossas vidas. Liberdade não é o poder de adquirir coisas, e sim o poder de se abster do materialismo e escolher uma vida mais essencial e menos inflada. A matzá então nos instiga a perguntar: Do que eu realmente preciso? O que é mais essencial na vida? Será que este ou este bem material que eu quero vão me ajudar? Quando nos deparamos com estes questionamentos, vemos quando de nosso precioso tempo e de nossos esforços dedicamos a coisas sem sentido que não melhoram quem somos. Que este Pessach nos ensine a buscarmos a verdadeira liberdade, que só pode ser encontrada dentro de nós mesmos.